quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Sócrates


Sócrates, nascido em Atenas no ano de 469 a.c, de origem humilde, se tornaria o maior filósofo que o mundo já teve onde visava apenas à sabedoria e a sede por estudar sobre a filosofia, a politica, a religião e a virtude. Um homem cheio de ideologias que consistia em “Só sei, que nada sei”. Talvez suas ideologias, que mais tarde originaria sua sentença de morte, onde fora obrigado à ingerir um copo de veneno, Sócrates aceitara sua morte, acreditando-lhe que iria discutir filosofia no céu. 
     Nascido em 469 a.C. nas planícies do monte Licabeto, próximo a Atenas, Sócrates vinha de família humilde. Era filho de Sophroniscus, motivo pelo qual ele era chamado em sua juventude de Sokrates ios Sōfronískos (Sócrates, o filho de Sophroniscus) - um escultor, especialista em entalhar colunas nos templos, e Phaenarete, uma parteira (ambos eram parentes de Aristides, o Justo).Durante sua infância, ajudou seu pai no ofício de escultor. Porém, muitas vezes seus amigos o zombavam, pela sua incapacidade de trabalhar o mármore. Mesmo quando aparecia uma oportunidade de ajudar o seu pai, sempre acabava atrapalhando tudo. Seu destino foi apontado, pelo próprio Oráculo de Delfos, como um grande educador. Mas foi somente junto com a sua mãe que ele pôde descobrir sua verdadeira vocação.

Sócrates foi casado com Xântipe, que era bem mais jovem que ele, e teve um filho, Lamprocles. Há relatos de que o casal possivelmente teve mais dois filhos, Sophroniscus e Menexenus. Porém, segundo Aristóteles, citado por Diógenes Laércio, Sophroniscus e Menexenus eram filhos da segunda esposa de Sócrates, Myrto, filha de Aristides, o Justo. Sátiro e Jerônimo de Rodes, também citados por Diógenes Laércio, dizem que, pela falta de homens em Atenas, foi permitido a um ateniense casado ter filhos com outra mulher, e que Sócrates teria tido Xântipe e Myrto ao mesmo tempo.
Seu amigo Críton criticou-o por ter abandonado seus filhos quando ele se recusou a tentar escapar antes de sua execução. Este fato mostra que ele (assim como seus outros discípulos), parece não ter entendido a mensagem que Sócrates tenta passar sobre a morte (diálogo Fédon), antes de ser executado.

Principais Ideias
As crenças de Sócrates, em comparação às de Platão, são difíceis de discernir. Há poucas diferenças entre as duas ideias filosóficas. Consequentemente, diferenciar as crenças filosóficas de Sócrates, Platão e Xenofonte é uma tarefa difícil e deve-se sempre lembrar que o que é atribuído a Sócrates pode refletir o pensamento dos outros autores.
 Se algo pode ser dito sobre as ideias de Sócrates, é que ele foi moralmente, intelectualmente e filosoficamente diferente de seus contemporâneos atenienses. Quando estava sendo julgado por heresia e por corromper a juventude, usou seu método de elenchos para demonstrar as crenças errôneas de seus julgadores. Sócrates acredita na imortalidade da alma e que teria recebido, em um certo momento de sua vida, uma missão especial do deus Apolo Apologia, a defesa do logos apolíneo "conhece-te a ti mesmo".
 Sócrates também duvidava da ideia sofista de que a arete (virtude) podia ser ensinada para as pessoas. Acreditava que a excelência moral é uma questão de inspiração e não de parentesco, pois pais moralmente perfeitos não tinham filhos semelhantes a eles. Isso talvez tenha sido a causa de não ter se importado muito com o futuro de seus próprios filhos. Sócrates frequentemente diz que suas ideias não são próprias, mas de seus mestres, entre eles Pródico e Anaxágoras de Clazômenas .

Amor
 No Simpósio, de Platão, Sócrates revela que foi a sacerdotisa Diotima de Mantinea que o iniciou nos conhecimentos e na genealogia do amor. As idéias de Diotima estão na origem do conceito socrático-platônico do amor.

Conhecimento
 Sócrates dizia que sua sabedoria era limitada à sua própria ignorância. Segundo ele, a verdade, escondida em cada um de nós, só é visível aos olhos da razão. (daí a célebre frase "Só sei que nada sei"!). Ele acreditava que os erros são consequência da ignorância humana. Nunca proclamou ser sábio. A intenção de Sócrates era levar as pessoas a conhecerem seus desconhecimentos ("Conhece-te a ti mesmo".). Através da problematização de conceitos conhecidos, daquilo que se conhece, percebe-se os dogmas e preconceitos existentes.

Virtude

O estudo da virtude se inicia com Sócrates, para quem a virtude é o fim da atividade humana e se identifica com o bem que convém à natureza humana.
 Sócrates acreditava que o melhor modo para as pessoas viverem era se concentrando no próprio desenvolvimento ao invés de buscar a riqueza material. Convidava outros a se concentrarem na amizade e em um sentido de comunidade, pois acreditava que esse era o melhor modo de se crescer como uma população. Suas ações são provas disso: ao fim de sua vida, aceitou sua sentença de morte quando todos acreditavam que fugiria de Atenas, pois acreditava que não podia fugir de sua comunidade. Acreditava que os seres humanos possuíam certas virtudes, tanto filosóficas quanto intelectuais. Dizia que a virtude era a mais importante de todas as coisas.

Política
Diz-se que Sócrates acreditava que as idéias pertenciam a um mundo que somente os sábios conseguiam entender, fazendo com que o filósofo se tornasse o perfeito governante para um Estado. Se opunha à democracia aristocrática que era praticada em Atenas durante sua época, essa mesma ideia surge nas Leis de Platão, seu discípulo. Sócrates acreditava que ao se relacionar com os membros de um parlamento a própria pessoa estaria-se fazendo de hipócrita.

A Defesa de Sócrates

Sócrates não deixou nada por escrito e o que conhecemos está em depoimentos que não coincidem entre si. Xenofonte nos dá a idéia de um Sócrates moralista que se preocupava acima de tudo com a formação de bons cidadãos, pouco interessado com problemas de lógica e de metafísica. De Platão, conclui-se que Sócrates é um grande metafísico, que se interessa não só pelos problemas da moral quotidiana, mas também pelos problemas mais difíceis do ser. Em Aristóteles, Sócrates aparece como um grande filósofo, que ensinou doutrinas interessantes e originais. A maioria dos estudiosos subscreve o testemunho de Aristóteles e admite que Xenofonte, que não era filósofo nem se interessava pelos problemas metafísicos, transmitiu-nos um Sócrates muito moralista. Quanto a Platão, muitas vezes, especialmente nos últimos diálogos, atribui a Sócrates doutrinas que não são do mestre, mas suas.

Era um cidadão exemplar, sempre viveu em Atenas, afastando-se da cidade apenas para cumprir seu dever militar. Coragem, paciência, modéstia, simplicidade, total domínio sobre si mesmo, tais eram as suas virtudes. Na Batalha de Potidéa, salvou a vida de Alcibíades. Na Batalha de Delion, onde os tebanos venceram os atenienses, salvou Xenofonte, retirando-o debaixo de um cavalo que o esmagava e carregando-o nas costas até longe do inimigo. Manifestou sua inteireza moral quando, em 406, recusou-se a dar seu voto pela condenação de oito comandantes derrotados em Arginusa. Teve a mesma atitude em 404, quando lhe foi pedido que votasse pela condenação à morte de Leão de Salamina.

Dizia-se ajudado por um "demônio", cuja voz o afastava do mal, "alguma coisa que começou desde a minha infância, uma voz que, ao fazer-se ouvir, me afastava sempre do que ia fazer, sem nunca me levar a agir". Esse "demônio" será um dos pretextos de seus acusadores para condená-lo à morte. Todos os gregos acreditavam nos avisos que recebiam em sonhos, nos oráculos, nos presságios, nas premonições dos adivinhos. Essa voz não é de outra natureza, mas dirige-se diretamente a ele. Esse contato direto com os "deuses" não excluía as práticas tradicionais e é o próprio Sócrates que incumbe Xenofonte de ir a Delfos consultar a pitonisa. Proclamado o mais sábio dos homens, considera-se, a partir daí, investido de uma missão divina, a de decifrar o sentido da tal sentença. No frontispício do templo, estava gravada a inscrição: "Conhece-te a ti mesmo", conselho que se tornaria uma das máximas principais de seu pensamento. Também considera como sua a missão de ensinar a verdade aos homens incitá-los a se preocuparem, antes de tudo, com os interesses da própria alma, procurando adquirir a sabedoria e a virtude: "Não pretendo outra coisa, andando pelas ruas, senão vos persuadir, jovens e velhos, de que não devemos pôr em primeiro lugar o corpo e as riquezas, deles nos ocupando com tanto ardor quanto do aperfeiçoamento da alma".

Tentando interpretar a sentença do oráculo, Sócrates se examina, perscruta a própria consciência e verifica que não tem sabedoria alguma. Na casa dos amigos, no ginásio, na ágora, onde quer que se encontre, interroga seus interlocutores a respeito das coisas que, por hipótese, deveriam saber. Ao interrogá-los, verifica que não sabem o que deveriam e supunham saber, ao passo que ele os interroga porque não sabe e sabe que não sabe. "Fui procurar um dos homens que passava por sábio certo de que poderia, assim, pôr à prova o oráculo e dizer-lhe, em seguida, claramente: Eis alguém mais sábio do que eu e, no entanto, me proclamaste mais sábio! Examinei a fundo o meu homem, era um dos nossos homens de Estado; ora, na prova, conversando com ele, eis a impressão que me ficou, atenienses. Pareceu-me que esse personagem parecia sábio a muita gente e, principalmente, a ele mesmo, embora não o fosse de modo algum. Procurei, então, mostrar-lhe que, julgando-se sábio, não o era. O resultado foi que atraí sua inimizade e a de muitos assistentes. Retirei-me dizendo a mim mesmo: Afinal de contas sou mais sábio do que ele. Com efeito, é possível que nenhum de nós nada saiba de bom; apenas, ele acredita que sabe, embora não saiba; ao passo que eu, se nada sei, não creio tampouco saber coisa alguma. Parece-me, em suma, que sou um pouco mais sábio do que ele, ao menos nisso, que não creio saber o que não sei". Após inquirir outros homens de Estado, procurou os poetas, verificando que suas criações não eram fruto de seu saber, mas de um dom natural, de uma inspiração divina, e que eles também dizem coisas belas, mas não sabem o que dizem. Depois procurou os artesãos, que, sem dúvida, sabiam coisas que ele não sabia e, nesse sentido, eram mais sábios do que ele. Todavia, como os poetas, pensavam tudo conhecer, e essa ilusão ocultava o seu saber real.
 A sentença do oráculo foi, enfim, decifrada, Sócrates sabe que não sabe, e, por isso, pergunta, verificando ao longo do diálogo que sua sabedoria em relação aos interlocutores, consistia em saber que não sabia, ao passo que os interlocutores não sabiam e não sabiam que não sabiam. Sua sabedoria consistia na consciência da própria ignorância: "Só sei que nada sei".
   Ao discutirmos filosofia, se torna impossível não falarmos sobre Sócrates, um grande filósofo Ateniense nascido no ano de 469 a.c , onde possuía muitas ideologias voltas para a filosofia, religião, politica e virtude. Sócrates que ao contrário dos Sofistas não cobrava para discutir filosofia apenas vivia falando suas ideologias para aqueles que quisessem escutá-lo, assim como seus seguidores. Conforme os tempos se passara Sócrates com suas ideologias foi ganhando inimigos consequentemente sendo julgado à morte e sendo obrigado à ingerir uma taça de veneno. Mas para ele a morte não era o fim, e sim uma passagem inclusive acreditava que após sua morte iria filosofar nos céus.
É importante lembrarmos que tudo que sabemos sobre Sócrates hoje, deu-se devido aos registros de Platão e  Xenofonte e também pelo Aristófanes que o ridicularizava, tudo isso porque Sócrates não tinha registro algum sobre si mesmo e suas obras, mas sim por esses dois grandes filósofos.